sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Apresentação

A simbologia do labirinto é extremamente fértil em imagens e sugestões. Estrutura presente ao nosso redor desde a chamada pré-história, o labirinto evoca a idéia de um percurso iniciático, odisséia mítica e espiritual, uma viagem ao interior de nós mesmos, um jogo engenhoso, dispositivo de defesa contra adversários humanos ou inumanos, um monumento de poder, algo que guarda um segredo valioso, que só os mais iluminados poderão atingí-lo... Processo ao mesmo tempo interminável e cíclico, onde temas, eventos, enigmas retornam com força, porém, não necessariamente na mesma forma.

Imagino as sociedades humanas como uma espécie de labirinto. Se o centro do labirinto for a realização do bem comum, da felicidade possível em uma comunidade de seres incompletos e imperfeitos como nós, há uma jornada formidável a ser realizada. Dentro de um emaranhado de dúvidas, ilusões e desejos. Informações e conhecimentos. Valores e projetos conflitantes. Talvez nosso fio de Ariadne seja o logos. Todavia uma razão crítica, ciente de seus poderes e limitações. Dialógica, mas que não renuncie valores fundamentais para uma convivência humana digna. Com a resolução de desmontar mecanismos que formam os conceitos, preconceitos, crenças e ideais, acontecimentos e instituições de nossa civilização. Restituindo a complexidade de elementos que constituem a realidade, evitando, assim, o circuito fechado do dogmatismo intransigente e do relativismo indeciso e complacente. Desse modo, acredito que seja possível alcançar uma libertação dos medos desnecessários e infundados.

Meu background de historiador, minhas afinidades teóricas, gostos musicais e literários vão encaminhar as reflexões para a discussão pública aqui na blogosfera. Assuntos que sempre despertaram meu interesse. Política, antropologia, educação, sociologia, religião, HQ, rock'roll, música erudita, um entrelaçamento de possibilidades...

Sejam bem vindos!