sábado, 13 de julho de 2013

Tony Iommi & Glenn Hughes no Dia do Rock



No dia do Rock, apresento um especial sobre uma das grandes parcerias da história da música pesada: Tony Iommi e Glenn Hughes. Amigos desde 1974, quando participaram do festival California Jam com suas respectivas bandas, Black Sabbath e Deep Purple. Naquela época, os dois grupos estavam em seu auge criativo.
Seventh Star seria o primeiro álbum solo de Tony Iommi. A ideia do guitarrista era dar uma parada com o Black Sabbath por certo tempo e investir em outros projetos. A banda estava passando por um período de incertezas, após a turnê de "Born Again" (1982). O músico convidaria amigos como Ian Gillan, Glenn Hughes, Robert Plant, Rob Halford entre outros, para participar. Entretanto, ingerências da gravadora obrigaram-no a mudar de planos e "Seventh Star" tornou-se o décimo segundo álbum de estúdio do Black Sabbath. A produção é mais consistente que o disco anterior. E a balada “No Stranger to Love”
foi o grande hit. Uma boa canção, ainda que não seja a melhor faixa do álbum. Hughes, que enfrentava problemas com dependência química,quase não tocou ao vivo. A turnê, curta, seguiu com Ray Gillen nos vocais. De qualquer forma, Glenn Hughes deu o melhor de si durante as gravações.
 Assim como alguns trabalhos com Tony Martin, Seventh Star figura entre os álbuns bastante subestimados do Black Sabbath. Com reedições remasterizadas da discografia sabbathiana, ele foi sendo valorizado e se tornou cult. Principalmente na Argentina, Brasil e Japão.
Depois, cada um seguiu seu caminho, Iommi no Sabbath, e Hughes, recuperando-se de seuss problemas com a cocaína, construi uma carreira solo de excelente qualidade. 
Em 1996 os dois amigos se reúnem, a princípio apenas para tocar e compartilhar material que não foi aproveitado no tempo do Seventh Star. No entanto essas músicas passaram a circular de forma não oficial, sob o título de “Eight Star”. Em 2004 esse material foi retrabalhado e lançado com o nome de “The 1996 DEP Sessions”. Com boa repercussão. No mesmo ano, a dupla engata novas músicas e, em 2005 sai “Fused”, o trabalho mais denso da parceria até o momento.
Os três álbuns de estúdio mantém sua singularidade e diferença com relação a sonoridade do Black Sabbath. O que não nos impede de reconhecer, discretamente, elementos sabbathianos, em especial nas faixas mais pesadas. Os rifs de Iommi são inconfundíveis e sua liderança é visível. Há ainda espaço para o hard rock e o blues.  
Como curiosidade, incluo também um bootleg de 1986, intitulado "Black Sabbath turn to Glenn". Aparece a  informação de que são gravações de ensaios finais. Se é uma montagem de várias fitas, não tenho como afirmar. A qualidade do som não é boa, pode-se perceber uma pequena plateia incentivando os músicos. Há músicas de diversas fases do Sabbath, como "War Pigs", "The Mob Rules", "Children of the Sea". Contudo a performance de Hughes é irregular, embora aceitável,  mostrando que não estava muito em condições para prosseguir numa turnê.

Um Bom dia do Rock para os meus leitores!








































terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Septicflesh: os quatro primeiros álbuns.

Saudações leitores do Labirintos do Ser!

 Em minha primeira postagem de 2013 apresento a lendária banda grega1 de Death Metal Sinfônico Septicflesh. Formada em Atenas, no ano de 1990, conta na sua formação clássica  Sotiris Vayenas (guitarra e vocais limpos) e os irmãos Christos Antoniou  e Spiros Antoniou (respectivamente guitarra  e baixo e vocal áspero/gutural). Entre 1991 e 1998 essa formação manteve-se estável. Nos anos de 1997 e 1998 foi acrescentada a vocalista Natalie Rassoulis, de sólida formação lírica. Formado em composição erudita, Christos Antoniou é o principal eixo desse grupo bastante coeso, coordenando a alquimia entre elementos clássicos, étnicos e a base propriamente rockeira, que consiste no Death, o Black e o Dark Metal. Em outubro de 2003  o grupo se separa, cada um desenvolvendo seus projetos. No início de 2007,é anunciada a reunião do Septicflesh.  A temática lírica está calcada na mitologia grega, egípcia, sumeriana e na ficção de H. P. Lovecraft, além do ideário ufológico sobre os chamados "deuses astronautas". Ao mesmo tempo inquietações contemporâneas sobre os rumos incertos de nossa sociedade estão presentes. Desse modo, desde o primeiros EP e Full-length até o último álbum (The Great Mass, de 2011) temos a nossa frente uma obra vigorosa e feita com paixão.

 Conforme salientei acima, trata-se de uma trajetória musical consistente. Todavia, considero os quatro primeiros cds excepcionalmente criativos. Os dois álbuns seguintes (Revolution DNA, 1999 e Sumerian Daemons 2003) mantém o padrão de qualidade, agregando toques eletrônicos e industriais. Comunion (de 2008, que sacramenta a reunião da banda) e The Great Mass, resgatam o espírito dos primeiros trabalhos, com maior ênfase no Death metal.

 Lamentavelmente, como tantos outras obras essenciais, nunca foram lançados por estas plagas. Selecionei também algumas canções e respectivas letras para dar uma visão geral do trabalho do grupo neste período.  Assim espero proporcionar alguns momentos de devaneio e prazer sonoro e como grande admirador da cultura helênica, faço votos de que o povo grego possa se reerguer e enfrentar de cabeça erguida os momentos dramáticos pelo qual está passando. 


1. Remeto a uma postagem antiga: Sete bandas Gregas de Heavy Metal.






Crescent Moon



The sand beneath your feet
a yellow carpeting
the palace of wilderness
Only king and servant is you
searching for the pyramid
that guards the emerald board

It was a crescent moon
when you have been initiated
in the science of the black earth,
And the optimism of youth
pushed you in quests
into the paper worlds
of the libraries of Cairo

Crescent Moon
Two sides of the same coin
The poor in mind are satisfied
with what they see

Crescent Moon
And they bear the sign of imperfection
because they miss the other side
the invisible

Crescent Moon
Few words carved with diamond
could draw the curtains
that cover the glassy cage of senses
The warm touch of the starlight
(magnes) will be the proof
and the philosopher's stone your trophy

Grab the golden rope and climb
the imaginary walls of your thoughts
you may fall but at least you'll have tried




The Underwater Garden





Melancholy ascended in the surface
Knowing that she'll have forever a lair
In the underwater garden.
Serene the azure body that filled
The landscape crowled as ever.

The sound here is a word without a
Meaning nothing can agitate the
Monotony.
The new and the old event roll indolent
Embraced in a circle.

The one takes the place of the other
Returning continuously in the beginning.

What didn't belonged in the fluid kingdom
Has now become its integral part.
The plunder that was stolen
From the marvelous world of the unknown
Is hidden deep.
Imprisoned from the seeweeds
Ornamented with the flowers of the sea.

Every piece has its own story
Every creation is also a piece
Of its creator.
Behind the coral gate of the garden
Are sealed emotions
[solo : sotiris] 









Esoptron

Reversing the view towards the soul
Absorbed from the swirl of the chaotic ego
Naked from the warm familiar
Company of matter
Here desires and fears are shaped,
Uncontrolled multiplied in
The rhythm of ecstasy
Gathered under the threat of
Upcoming afflictions
Parallel futures that may
Never happen are blocking
The entrance of the inner most sanctum
They are the guardians
Who is the master of this cosmos ?
Who posted them here ?
Illumination comes from within
And levitates the eidolon
Effigies and marble busts lined in
External chains silent,
Laden with creases deep like self deceit
They seem lost in their contemplation
Their laurel wreath is withered
Now i know how felt the first amphibian
When allowing the air to inhabit in its lungs
The sceptre was always in my hand
Esoptron

Ice Castle


In the land that was born from
The sperm of winter is
The incarnation of all enchanted fairy tales
An imposing figure
Isolated from an ocean of frozen waves
Trying to unite the sterile earth
With the celestial dome
Like a crystalline bridge of ice
In the claws of four ancient mountains
Ice castle
Transparent halls filled with
Wonder worthless
For those who are sweeping along with
The purposeless flood of wasted feelings.
Priceless treasure
For the children of the serpent dream
In the claws of four ancient mountains
Ice castle
There they claim life
In a feast with your nightmares




Phallic Litanies





Welcome to the joyous carnival of passion
Where the mind surrenders to the animal.
Smell the seductive odor of the naked skin
Bathed in the exotic oils, the potions of desire.
It would be folly to defy the eldest law
For resistance will only supply the fire of lust
With her wooden excuses.
We are here to drink this old wine without remorse
To spill the fluid of genesis
In abundance because we all know
That as this elixir of life will flow
We will be left exhausted but smiling.
Nails sink into sweaty ground
Marking dionysiac stings
Sparks set from velvet tongues
That bring close soft orange lips
Phallic litanies
Paths lead inside warm nests, that scared shrines of sin
As serpents we crawl beneath
The guises that we all wear.
It would be folly to defy the eldest law
For resistance will only supply the fire of lust
With her wooden excuses.
So it will grow stronger and stronger
Until fatally it will consume the renegades
With the flames of their denied satisfaction
Phallic litanies




Marble Smiling Face






Black leather gloves
On soft thin hands.
Red celtic knives,
Sharp as your touch.
[chorus:]
Hunting eagle proudly land
On this island that's my heart.
Twin mirrors blue.
Cold lakes consealing fire.
Red coral hair.
A dazzling ruby dome
[chorus:]
Hunting eagle proudly land
On this island that's my heart.
Elegance combined with grace
Dressed your marble smiling face.
[solo:chris]