História, Cultura & Memória.
"... o que permaneceu incompreendido retorna: como uma alma penada, não tem repouso até que seja encontrada resolução e libertação." Sigmund Freud
No dia do Rock,
apresento um especial sobre uma das grandes parcerias da história da
música pesada: Tony Iommi e Glenn Hughes. Amigos desde 1974, quando
participaram do festival California Jam com suas respectivas bandas,
Black Sabbath e Deep Purple. Naquela época, os dois grupos estavam
em seu auge criativo.
Seventh Star seria o
primeiro álbum solo de Tony Iommi. A ideia do guitarrista era dar uma parada com o Black Sabbath por certo tempo e investir em outros projetos. A banda estava passando por um período de incertezas, após a turnê de "Born Again" (1982). O músico convidaria amigos como Ian Gillan, Glenn Hughes, Robert Plant, Rob Halford entre outros, para participar. Entretanto, ingerências
da gravadora obrigaram-no a mudar de planos e "Seventh Star" tornou-se o décimo segundo álbum de estúdio do Black Sabbath. A produção é mais
consistente que o disco anterior. E a balada “No Stranger to Love”
foi o grande hit. Uma
boa canção, ainda que não seja a melhor faixa do álbum. Hughes,
que enfrentava problemas com dependência química,quase não tocou ao vivo. A turnê, curta, seguiu com Ray Gillen nos vocais. De qualquer forma, Glenn Hughes deu o melhor de si durante as gravações.
Assim como alguns
trabalhos com Tony Martin, Seventh Star figura entre os álbuns bastante subestimados do Black Sabbath. Com reedições remasterizadas da
discografia sabbathiana, ele foi sendo valorizado e se tornou cult.
Principalmente na Argentina, Brasil e Japão.
Depois, cada um seguiu
seu caminho, Iommi no Sabbath, e Hughes, recuperando-se de seuss problemas com a cocaína, construi uma carreira solo de excelente qualidade.
Em 1996 os dois amigos
se reúnem, a princípio apenas para tocar e compartilhar material
que não foi aproveitado no tempo do Seventh Star. No entanto essas
músicas passaram a circular de forma não oficial, sob o título de
“Eight Star”. Em 2004 esse material foi retrabalhado e lançado
com o nome de “The 1996 DEP Sessions”. Com boa repercussão. No
mesmo ano, a dupla engata novas músicas e, em 2005 sai “Fused”,
o trabalho mais denso da parceria até o momento.
Os três álbuns de
estúdio mantém sua singularidade e diferença com relação a
sonoridade do Black Sabbath. O que não nos impede de reconhecer, discretamente, elementos sabbathianos, em especial nas faixas mais pesadas. Os rifs de Iommi são inconfundíveis e
sua liderança é visível. Há ainda espaço para o hard rock e o blues.
Como curiosidade, incluo também um bootleg de 1986, intitulado "Black Sabbath turn to Glenn". Aparece a informação de que são gravações de ensaios finais. Se é uma montagem de várias fitas, não tenho como afirmar. A qualidade do som não é boa, pode-se perceber uma pequena plateia incentivando os músicos. Há músicas de diversas fases do Sabbath, como "War Pigs", "The Mob Rules", "Children of the Sea". Contudo a performance de Hughes é irregular, embora aceitável, mostrando que não estava muito em condições para prosseguir numa turnê.
Em minha primeira postagem de 2013 apresento a lendária banda grega1 de Death Metal Sinfônico Septicflesh. Formada em Atenas, no ano de 1990, conta na sua formação clássica Sotiris Vayenas (guitarra e vocais limpos) e os irmãos Christos Antoniou e Spiros Antoniou (respectivamente guitarra e baixo e vocal áspero/gutural). Entre 1991 e 1998 essa formação manteve-se estável. Nos anos de 1997 e 1998 foi acrescentada a vocalista Natalie Rassoulis, de sólida formação lírica. Formado em composição erudita, Christos Antoniou é o principal eixo desse grupo bastante coeso, coordenando a alquimia entre elementos clássicos, étnicos e a base propriamente rockeira, que consiste no Death, o Black e o Dark Metal. Em outubro de 2003 o grupo se separa, cada um desenvolvendo seus projetos. No início de 2007,é anunciada a reunião do Septicflesh.
A temática lírica está calcada na mitologia grega, egípcia, sumeriana e na ficção de H. P. Lovecraft, além do ideário ufológico sobre os chamados "deuses astronautas". Ao mesmo tempo inquietações contemporâneas sobre os rumos incertos de nossa sociedade estão presentes. Desse modo, desde o primeiros EP e Full-length até o último álbum (The Great Mass, de 2011) temos a nossa frente uma obra vigorosa e feita com paixão.
Conforme salientei acima, trata-se de uma trajetória musical consistente. Todavia, considero os quatro primeiros cds excepcionalmente criativos. Os dois álbuns seguintes (Revolution DNA, 1999 e Sumerian Daemons 2003) mantém o padrão de qualidade, agregando toques eletrônicos e industriais. Comunion (de 2008, que sacramenta a reunião da banda) e The Great Mass, resgatam o espírito dos primeiros trabalhos, com maior ênfase no Death metal.
Lamentavelmente, como tantos outras obras essenciais, nunca foram lançados por estas plagas. Selecionei também algumas canções e respectivas letras para dar uma visão geral do trabalho do grupo neste período.
Assim espero proporcionar alguns momentos de devaneio e prazer sonoro e como grande admirador da cultura helênica, faço votos de que o povo grego possa se reerguer e enfrentar de cabeça erguida os momentos dramáticos pelo qual está passando.
1. Remeto a uma postagemantiga: Sete bandas Gregas de Heavy Metal.
Crescent
Moon
The
sand beneath your feet a
yellow carpeting the
palace of wilderness Only
king and servant is you searching
for the pyramid that
guards the emerald board
It
was a crescent moon when
you have been initiated in
the science of the black earth, And
the optimism of youth pushed
you in quests into
the paper worlds of
the libraries of Cairo
Crescent
Moon Two
sides of the same coin The
poor in mind are satisfied with
what they see
Crescent
Moon And
they bear the sign of imperfection because
they miss the other side the
invisible
Crescent
Moon Few
words carved with diamond could
draw the curtains that
cover the glassy cage of senses The
warm touch of the starlight (magnes)
will be the proof and
the philosopher's stone your trophy
Grab
the golden rope and climb the
imaginary walls of your thoughts you
may fall but at least you'll have tried
The
Underwater Garden
Melancholy
ascended in the surface Knowing that she'll have forever a
lair In the underwater garden. Serene the azure
body that filled The landscape crowled as ever.
The
sound here is a word without a Meaning nothing can agitate
the Monotony. The new and the old event roll
indolent Embraced in a circle.
The one takes
the place of the other Returning continuously in the
beginning.
What didn't belonged in the fluid
kingdom Has now become its integral part. The
plunder that was stolen From the marvelous world of the
unknown Is hidden deep. Imprisoned from the
seeweeds Ornamented with the flowers of the sea.
Every
piece has its own story Every creation is also a piece Of
its creator. Behind the coral gate of the garden Are
sealed emotions [solo : sotiris]
Esoptron
Reversing
the view towards the soul Absorbed from the swirl of the chaotic
ego Naked from the warm familiar Company of matter
Here
desires and fears are shaped, Uncontrolled multiplied in The
rhythm of ecstasy Gathered under the threat of Upcoming
afflictions
Parallel
futures that may Never happen are blocking The entrance of the
inner most sanctum They are the guardians Who is the master of
this cosmos ? Who posted them here ? Illumination comes from
within And levitates the eidolon
Effigies
and marble busts lined in External chains silent, Laden with
creases deep like self deceit They seem lost in their
contemplation Their laurel wreath is withered
Now
i know how felt the first amphibian When allowing the air to
inhabit in its lungs
The
sceptre was always in my hand
Esoptron
Ice
Castle
In
the land that was born from The sperm of winter is The
incarnation of all enchanted fairy tales An imposing
figure Isolated from an ocean of frozen waves Trying to unite
the sterile earth With the celestial dome
Like
a crystalline bridge of ice In the claws of four ancient
mountains Ice castle Transparent halls filled with Wonder
worthless For those who are sweeping along with The purposeless
flood of wasted feelings.
Priceless
treasure For the children of the serpent dream
In
the claws of four ancient mountains Ice castle
There
they claim life In a feast with your nightmares
Phallic
Litanies
Welcome
to the joyous carnival of passion Where the mind surrenders to the
animal.
Smell
the seductive odor of the naked skin Bathed in the exotic oils,
the potions of desire.
It
would be folly to defy the eldest law For resistance will only
supply the fire of lust With her wooden excuses.
We
are here to drink this old wine without remorse To spill the fluid
of genesis In abundance because we all know That as this elixir
of life will flow We will be left exhausted but smiling.
Nails
sink into sweaty ground Marking dionysiac stings Sparks set
from velvet tongues That bring close soft orange lips
Phallic
litanies
Paths
lead inside warm nests, that scared shrines of sin As serpents we
crawl beneath The guises that we all wear.
It
would be folly to defy the eldest law For resistance will only
supply the fire of lust With her wooden excuses. So it will
grow stronger and stronger Until fatally it will consume the
renegades With the flames of their denied satisfaction
Phallic
litanies
Marble
Smiling Face
Black
leather gloves On soft thin hands. Red celtic knives, Sharp
as your touch.
[chorus:] Hunting
eagle proudly land On this island that's my heart.
Twin
mirrors blue. Cold lakes consealing fire. Red coral hair. A
dazzling ruby dome
[chorus:] Hunting
eagle proudly land On this island that's my heart. Elegance
combined with grace Dressed your marble smiling face.