Ava Inferi é uma banda portuguesa de Doom/Gothic Metal formada pela vocalista Carmen Susana Simões e pelo guitarrista norueguês Rune "Blasphemer" Eriksen (ex-Mayhem), seus mentores principais. Segundo a gravadora Season of Mist "a ideia fundamental por trás dessa união é a liberação e encaminhamento de toda a frustração e miséria que a vida às vezes traz, mas também para dar à luz um portal gratuito e independente para o interminável poço de expressão e criatividade." Portanto, são canções estruturadas na reflexão da essência da dor e do medo; na contemplação da natureza rústica, pouco tocada pelo homem e das ruínas do passado humano.Toda esta criatividade é expressada através de alguns hibridismos entre o Fado, o Jazz, o Blues, o Folk e o Dark Ambiente. Todavia, estes elementos estão sob as rédeas da austeridade do Doom Metal. Síntese perfeita da melancolia lusitana e da aspereza nórdica.
Carmen Simões possui uma voz ressoante, intensa, quando necessária, suave ou forte... que é bem amparada pelo instrumental coeso, em especial, o magnífico trabalho de guitarra, que tenta em alguns momentos captar a sonoridade do fado, sem perder suas características roqueiras.
Completam o grupo Jaime S. Ferreira (baixo) e João Samora (bateria).
São trabalhos feitos com paixão e entusiasmo, que logo receberam acolhida favorável da crítica e fãs do gênero. Até o momento sua discografia é a seguinte:
Burdens (2006)
The Silhouette (2007)
Blood of Bacchus (2009)
Feita esta introdução, passo ao assunto principal, que é a faixa 6 de Burdens, Vultos. Foi a canção que me chamou mais a atenção neste álbum, em especial por ser cantada em português, pelas variações no ritmo e elementos de blues.
Curiosamente, flanando por vários sites e blogs especializados, não encontrei nenhuma transcrição da letra de Vultos. Embora as demais sejam facilmente encontráveis. Será que o grupo quer fazer uma aura de mistério sobre a canção? Ou o pessoal interessado está com dificuldade para transcrevê-la? Ao constatar isto, fiquei com vontade de publicar esta letra. Como não tenho acesso ao cd original, fiz de ouvido mesmo. Estou em dúvida com relação a quatro ou cinco palavras. Passagens dificílimas. Há, portanto, um pouco de minha subjetividade. Trata-se, desse modo de uma interpretação relativamente livre.Uma recriação. Não tenho receio de expor minhas dúvidas.
Estou aberto à críticas e sugestões que venham a melhorar esta transcrição.
Vultos
Bem vindo ao lago,
Onde o tempo parou,
E a noite desceu.(?)
Os vultos dançam,
Lá no eterno azul.Existência. [ou Insistência? , ou ainda: Inexistência?]
Sorrindo para ti,
Estendem-lhe as mãos
Para tua [ ] (?)
Entraste no intempo eterno,(?)
E aqui viverás eternamente.
Para quem deseja ouví-la:
3 comentários:
Bem vindo ao lago,
Onde o tempo parou,
E anoiteceu
Os vultos dançam,
Lá no eterno azul existencial
Sorrindo para ti,
Estendem-te as mãos
Para te levar
Entraste e o meu tempo parou
E aqui viverás eternamente.
:D
Bem vindo ao lago,
Onde o tempo parou,
E anoiteceu
Os vultos dançam,
Lá no eterno azul existencial
Sorrindo para ti,
Estendem-te as mãos
Para te levar
Entraste e o meu tempo parou
E aqui viverás eternamente.
Muito obrigado Anônimo (ou Anônima)! Agora a transcrição ficou muito mais bela e elegante.
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