“(...)grande parte do que há de melhor em horror é inconsciente, aparecendo em fragmentos memoráveis, dispersos em material cujo efeito de conjunto pode ser de naipe muito diferente. O mais importante de tudo é a atmosfera, pois o critério final de autenticidade não é o recorte de uma trama e sim a criação de uma determinada sensação (…) O único teste para o verdadeiro horror é simplesmente este: se suscita ou não no leitor um sentimento de profunda apreensão; e de contato com esferas diferentes e com forças desconhecidas; uma atitude sutil de escuta ofegante, como à espera do ruflar de asas negras ou do roçar de entidades e formas nebulosas nos confins extremos do universo conhecido.”
O horror sobrenatural na literatura. (com um prefácio de E.F. Bleiler) tradução: João Guilherme Linke Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987 pp.5-6
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