terça-feira, 25 de agosto de 2009

Agalloch - The Shadow Of Our Pale Companion


Agalloch é uma banda norte-americana formada em 1995 em Portland, Oregon. Liderada pelo vocalista e guitarrista John Haughm. Seu estilo é uma fusão de vários subgêneros do Metal. Folk, Doom, Progressive e Black Metal. Som híbrido que remete também soberana influência de Quorton / Bathory. Ecos de Pink Floyd, Opeth, Katatonia e Primordial são reconhecíveis.
The Mantle, lançado em 2002, é um dos seus álbuns mais elogiados. São faixas longas, de andamento cadenciado e introspectivo, hipnótico. A voz de John Haugm, alternando gélidos vocais rasgados (quase sussurrados) e linhas mais limpas (lembrando um pouco Johann Edlund, do Tiamat), se amolda perfeitamente com o andamento instrumental construído sobre guitarras acústicas, violões e tambores. Sua temática se desdobra em certo neopaganismo, misticismo e solidão insatisfeita com a condição (pós)moderna.
O nome, criação de John Haugm and Shane Breyer, foi inspirado numa madeira preciosa e odorífera, da árvore Aquilaria agallocha.




O que nos vem à mente ao escutarmos as canções do The Mantle são imagens de uma floresta virgem, invernal, na aurora dos tempos, onde a presença humana é muito, mas muito recente e discreta, quase incoveniente. Onde as águas gélidas e o vento agreste tentam nos purificar, ao menos momentaneamente, do manto da deterioração e da angústia, que nos encobre. A canção "In The Shadow Of Our Pale Companion", é um bom exemplo disto, peça que fica melhor a cada vez que você a ouve, elaborada sob a forma de questionamentos. Tristeza pensante que encharca nossa mente de reflexões. Trilha sonora ideal para quando o desejo imperioso de evasão deste mundo, fugir de tudo que é conhecido, de abstrair-se em mundos imaginários. Senti-los como se fossem nossos.

Aqui vai a tradução da 2a. faixa: In The Shadow Of Our Pale Companion, com seus quinze minutos de duração, seguida de um clip em duas partes, que baixei do youtube.

In The Shadow Of Our Pale Companion:

Através de vastos vales vaguei
Até os mais altos picos
Em caminhos através de selvagens e esquecidas paisagens
Na busca de Deus, a respeito do homem
Até o perdido e esquecido infinito...
Nisto é onde escolhi trilhar.
Cair...então preferimos cair dentro do nada?
A falta de tudo que eu sinto nos braços da pálida,
nas sombras da implacável companhia que caminha conosco.
Aqui está a paisagem
Aqui está o sol
Aqui no equilíbrio da terra,
Onde está Deus?
Ele caiu e nos abandonou?
Enquanto eu me aproximo pelas sombras das mãos da morte
O fogo em meu coração é forjado através da terra
Aqui na beira deste mundo
Aqui eu fito o panteão de carvalho, da cidadela de pedra
E neste grande panorama diante de mim é que você chama
Deus...Então Deus não está morto
Eu caminhei abaixo em direção a um rio e sentei na reflexão do que deveria ser feito
Uma oferenda de fluxo avermelhado dentro da água abaixo
Uma ferida do espírito o qual flutuou e desapareceu...
como toda a esperança que eu já tive......
como todo sonho que eu já conheci...
Foram lavados na onda de uma espera, de uma espera por um mundo melhor
Da minha vontade, da minha garganta, para o rio, e para dentro do mar
...lavados;
...lavados;
Aqui está a paisagem
Aqui está o sol
Aqui na beira da terra,
Onde está o Deus?
Ele caiu em ruína?
Enquanto eu me aproximo pelas sombras das mãos da morte
Meu orgulho pagão é ferido através da terra.


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