domingo, 5 de junho de 2011

Ancient Rites - Fatherland




Fatherland, da banda belga de Folk/Black Metal Ancient Rites é um dos meus álbuns preferidos. Consistente do princípio ao fim. Dificilmente pulo uma faixa quando coloco no cdplayer. A exemplo de vários grupos do Underground europeu e de outros continentes, o Ancient Rites não possui muita regularidade em termos de lançamentos, sempre com constantes mudanças na formação. No momento, salvo engano, está inativo.

Com origens no Black Metal, o Ancient Rites, a partir do Fatherland, passou a introduzir também elementos do Folk, Viking e Thrash. Um uso sábio e preciso do piano, flauta, teclados e o recurso à melodias medievais e renascentistas como introdução em algumas faixas. Esses elementos, somadas ao instrumental vigoroso, dão um toque mítico e sobrenatural às canções.

A parte lírica da banda, como sugere seu próprio nome, gira em torno do imaginário mítico e religioso dos povos europeus, em especial celtas e escandinavos (sempre em contraposição ao cristianismo). São ritos antigos/arcaicos de poder, fúria, êxtase e evocação de tempos gloriosos. As letras tratam basicamente de acontecimentos históricos, como as crenças dos templários, as lutas dos guerreiros celtas contra o domínio romano, as tiranias que atravessaram a história do Velho Mundo e o amor à pátria, à terra natal.

Entretanto, não existem sinais de extremismo político, chauvinismo e ideias racistas em Fatherland. Embora à época de seu lançamento tenha recebido estas acusações. O líder da banda, Gunther Theys gosta de História, conhecer culturas diferentes e ama seu país, algo que pode provocar mal-entendidos na difícil contemporaneidade européia, tensionada entre conflitos entre imigrantes extrema direita, nacionalismos e universalismos, dilemas universalistas/integracionistas e propostas de separação e afirmações identitárias radicais.

De qualquer maneira estamos diante de um passado idealizado, imaginário. O real é adaptado às concepções do letrista que sonha com a liberdade e pureza pagã em colisão com a opressiva e asfixiante cristandade. Todavia, os processos históricos são mais complexos e nuançados. Porém não se trata de um estudo histórico e antropológico, mas de uma obra de arte com sua legalidade própria. E que cumpre muito bem seu papel.


Günther Theys - bass/vocals.
Jan Yrlund and Erik Sprooten - guitars,
Walter van Cortemberg - drums,
Oliver Phillips - keyboards






Mother Europe

Oh remember the proud Hellenic civilisation
The cradle of Europe where it all began
Or the Portuguese and Spanish Armada
Overwhelming Thy power, a tribute to the south

Bruges, Antwerp, Ghent forever in my heart
Representing medieval Flemish pride
Brave Teutonic, French and English knights
Thy shining armour now long vanished
Thy glory, however, forever remains
Praised be the Scandinavian hordes
Once the nightmare of the Christian world

I talk of not of mercy
I talk not of fear
The hopeless warriors of a Willing Doom

Children of Italia
In ancient times "Roma Caput Mundi"
De Verenigde Nederlanden, parel van het noorden
Belgium and The Netherlands stood as one

Mother Europe born from your womb
Mother Europe on Your soil shall be my tomb

I talk of not of mercy
I talk not of fear
The hopeless warriors of a Willing Doom
Oh what that gallant spirit shall resume
Leap from Europe's bank and call Thee from the tomb

(Hail to the sons of eastern Europe
the Slavonian soul never fades)
Blessed are Scotland, Ireland and Bretagne
Where the Celtic dream still lives on

Shall be my tomb!

Mãe Europa

Ah, lembro da soberba civilização helênica
O berço da Europa, onde tudo começou
Oh Armada Portuguesa e Espanhola
Esmagador Teu poder, um tributo ao sul

Bruges, Antuérpia, Ghent sempre em meu coração
Representando o orgulho medieval flamengo
Admiráveis cavaleiros Teutônicos, Franceses e Ingleses
Tua armadura brilhante há muito desaparecida
Tua glória, no entanto, permanece para sempre
Louvado seja as hordas escandinavas
Outrora o pesadelo do mundo cristão

Eu não falo de misericórdia
Eu não falo de medo
Os guerreiros sem esperança de um Doom Disposto

Filhos da Itália
Em tempos antigos "Roma Caput Mundi"
De Verenigde Nederlanden, Noorden van het parel
Bélgica e Holanda manteve-se como um

Mãe Europa nascido de seu ventre
Mãe Europa seu solo será meu túmulo
Eu não falo de misericórdia
Eu não falo de medo
Os guerreiros sem esperança de um Doom Disposto
Oh, o que o espírito galante será retomada
Salto do banco da Europa e Ti chamada do túmulo

(Salve os filhos da Europa de Leste;
a alma eslava nunca se desvanece)
Bem-aventuradas são a Irlanda, Escócia e Bretanha
Onde o sonho celta ainda vive.

Será meu túmulo!



Download do álbum Fatherland




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